
Reforma Tributária: por que a modelagem de cenários é indispensável na escolha do regime tributário

Se você é empresário, provavelmente já se perguntou: “Com essa reforma tributária aprovada, será que o meu regime atual ainda é o mais vantajoso?”
Essa dúvida está se tornando cada vez mais comum.
A reforma promete simplificar, mas a verdade é que a escolha entre Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real continua sendo um dos pontos mais críticos da gestão tributária de qualquer negócio.
E tem mais: com as mudanças aprovadas, o impacto no fluxo de caixa e na carga efetiva de impostos pode ser bem diferente do que era até agora. Isso significa que ficar no “piloto automático”, sem revisar seu regime, pode custar muito caro para sua empresa.
Então, empresário, neste breve artigo, vamos mostrar de forma prática por que a modelagem de cenários tributários é fundamental nesse novo contexto.
A importância da escolha do regime na era pós-reforma
A escolha do regime tributário nunca foi apenas uma burocracia. Ela define:
- Quanto sua empresa vai pagar de imposto
- Se vai ter ou não direito a aproveitar créditos tributários
- O nível de previsibilidade do caixa
- Sua competitividade em relação ao mercado
Agora, com a unificação de tributos no IVA (CBS + IBS) e as novas regras de transição, esse cálculo ficou ainda mais estratégico.
Um regime mal escolhido pode significar pagar mais imposto do que o concorrente, perder margem de lucro e até travar o crescimento do negócio. Já um regime adequado garante economia, segurança e fôlego financeiro para investir.
Como cada regime se comporta com a reforma
1. Simples Nacional
Continua existindo, mas sua atratividade pode mudar.
- Vantagens: guia única, menos burocracia, alíquotas progressivas
- Atenção: nem sempre será o mais barato, principalmente para empresas perto do limite de faturamento ou com margens altas
2. Lucro Presumido
A lógica de presunção de margens continua, mas o impacto do IVA pode afetar setores de forma diferente.
- Pode ser vantajoso para empresas com margens reais maiores que a presumida
- Não oferece a mesma amplitude de créditos tributários do Lucro Real
3. Lucro Real
Mais complexo, mas também mais flexível.
- Empresas com margens apertadas ou com alto volume de insumos tendem a se beneficiar
- Com a reforma, a possibilidade de aproveitamento de créditos ganha ainda mais relevância
O caminho: modelagem de cenários
A grande pergunta é: como saber qual regime será o melhor para sua empresa daqui em diante?
A resposta é simples: fazendo simulações reais.
A modelagem de cenários compara o impacto da tributação em cada regime (Simples, Presumido e Real), levando em conta:
- Receita bruta anual
- Margem de lucro
- Despesas dedutíveis
- Créditos tributários possíveis
- Crescimento projetado do negócio
- Regras de transição da reforma
Veja, a partir disso você tem números concretos para decidir, e não precisa se apoiar apenas em achismos.
Por que isso é urgente agora
A reforma já está aprovada e terá aplicação gradual. Ou seja, quem se preparar antes, sai na frente.
Empresas que simularem os cenários poderão planejar investimentos e expansão com segurança.
Já quem esperar para ver como fica pode acabar pagando caro, seja em impostos desnecessários, seja em autuações por escolhas mal fundamentadas.
Conclusão
O Simples Nacional foi (e continuará sendo) uma excelente opção para milhares de negócios. Mas acreditar que ele sempre é a melhor escolha pode custar caro.
A verdade é que não existe um regime “perfeito” universal, mas sim um regime mais adequado para cada realidade.
E só a modelagem de cenários tributários garante clareza para escolher o caminho mais vantajoso sem correr riscos com o Fisco.
Conte com a equipe do PFMP Advogados para aprofundar seu entendimento sobre este tema e avaliar como ele pode se aplicar ao seu caso.